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Natal: Porquê Não Comemoramos

      O dia 25 de dezembro é comemorado pelos cristãos como o dia do nascimento de Jesus Cristo (as), evento que denomina-se Natal. Muitos indagam-nos porque, apesar de acreditarmos em Jesus Cristo (as) como um grande profeta de Deus, não comemoramos esta data.

         Primeiramente, gostaríamos de informar que gravamos um breve vídeo sobre o assunto e disponibilizamo-lo em nosso canal do do youtube. Para assistí-lo, basta clicar aqui.


     Esta pergunta tem duas respostas muito simples. Em primeiro lugar, não comemoramos o aniversário de nenhum santo, nem mesmo do Santo Profeta Muhammad (as) – ou de qualquer outro profeta – uma vez que nenhum deles fez qualquer tipo de comemoração parecida em suas vidas.


       Em segundo, é fato que Jesus Cristo (as) não nasceu no dia 25 de dezembro. E esta festa, denominada Natal, nem mesmo tem origens no Cristianismo.


      Historicamente, o Natal foi incorporado ao Cristianismo na época de sua ascensão, cerca de 300 anos após Jesus Cristo (as). Os romanos constituíam um povo pagão e comemoravam, no dia 25 de dezembro, o nascimento do Deus Sol, o Sol “Invictus”. Os chefes religiosos cristãos, provavelmente numa tentativa de aproximação – para posterior conversão – com povos pagãos, associaram o nascimento do Deus Sol, com o nascimento do “Deus Filho” que também é apresentado como luz e como aurora na Bíblia Sagrada. Essa seria a provável origem do Natal no Cristianismo. Tal substituição se mostra oficialmente formalizada pelo Papa Leão Magno num documento chamado “Depositio Martyrum”.


        Outro fato importante, a saber, é que Jesus nem mesmo nasceu no mês de Dezembro.  O mês de Dezembro é um mês muito frio na Judéia, local de nascimento de Jesus (as). Em Lucas (2:8), no Novo Testamento, é afirmado que, quando Jesus nasceu, à noite haviam pastores tomando conta de ovelhas nos pastos. Num mês gelado isso é pouco plausível, sendo essa descrição de pastores cuidando de ovelhas à noite bem mais viável no verão, num mês entre abril e outubro (naquela região), provavelmente. Essa mesma interpretação é apoiada pelo Sagrado Al-Corão que afirma, referindo-se a Maria (as): “E sacoda em tua direção o tronco da tamareira; isso fará com que frescas tâmaras caiam sobre tí.” (19:26). As tâmaras são frutas que se adaptam bem a clima de intenso calor, que corresponderia, também, a meses entre abril e outubro naquela região.


      Da mesma forma, a árvore de Natal também deve ter sido incorporada ao Natal posteriormente, pois os romanos já comemoravam a Saturnália, no mesmo período do Natal, em que penduravam máscaras de Baco (um “Deus” romano) em pinheiros. A árvore deve ter sido incorporada em continuação da tradição romana pelos cristãos.
O tão famoso Papai Noel, por sua vez, parece ter uma base mais sólida, sendo inspirado num santo cristão chamado São Nicolau Taumaturgo, da Turquia, que viveu aproximadamente no século 4 d.c. Diz-se que ele ajudava, sem alarde, àqueles que estivessem com problemas econômicos.


      Não comemoramos, portanto, o Natal, mas lembramos que a melhor maneira de homenagear Jesus (as) é seguir as orientações deixadas por ele e colocar em prática as lições que ele ensinou. Desejamos boas festas, saúde e um Feliz e Próspero Ano Novo a todos.

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